Astronomia

Qual é a probabilidade de existirem universos paralelos e outras Terras?

Uma das perguntas mais feitas por quase todos os entusiastas da Astronomia é: “Existem universos paralelos e outros planetas como o nosso?“. Até o momento, foram encontrados planetas com características que fazem deles possíveis candidatos a abrigarem condições favoráveis à vida. Entretanto, eles são poucos e estão muito distantes. Em relação aos universos paralelos, não há nada que comprove a existência deles. Tampouco, porém, existe algo que comprove sua ausência.

Enquanto os especialistas dos estudos cosmológicos não encontram respostas sobre as existências discutidas (e discutíveis), jovens de diversas partes do mundo aumentam a fila de indagadores. No portal acadêmico The Conversation, por exemplo, existe uma seção dedicada às respostas de especialistas para perguntas feitas por crianças e adolescentes. Assim, o texto que inspirou este de Geração do Zodíaco começa com esta pergunta: “Qual é a probabilidade de existirem universos paralelos e outras Terras?”.

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Algumas teorias sobre os universos paralelos

Os físicos que participaram da matéria do portal The Conversation apresentaram algumas das teorias mais conhecidas sobre os universos paralelos. Uma delas está ligada à expansão do nosso universo.

Nesse processo de expansão cósmica, quanto mais longe as galáxias estão de nós, mais rapidamente elas se afastam da gente. Dessa forma, haverá um momento nessa rápida expansão em que a luz que parte de algumas dessas galáxias mais distantes não será visível por nós.

O fato de não ser visível por nós não significa, tal como explicam os físicos, que essas galáxias teriam deixado de existir. Elas estariam além da “borda de visibilidade”, e tudo que estivesse além dessa borda constituiria um universo paralelo.

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Bolhas com mini-universos

Essa teoria está fortemente ligada ao conceito de inflação cósmica. Esse conceito foi elaborado, em 1980, pelo cosmólogo Alan Guth. Basicamente, a inflação cósmica corresponde ao processo de expansão exponencial do Universo iniciado uma fração de segundo depois do Big Bang, que culminou na formação dos corpos cósmicos conhecidos (e dos ainda desconhecidos).

De acordo com a Teoria das Bolhas, essa expansão exponencial do Universo não aconteceu em apenas um lugar, e não foi homogênea. Em outras palavras, em algumas regiões do Universo, o processo de expansão continuou; em outras partes, porém, a inflação parou, originando, assim, “pequenas bolhas” estáticas. Dessa forma, nas bolhas onde os processos de expansão continuaram, foram formados os corpos cósmicos de seus respectivos universos. Ou seja, cada bolha corresponderia a um universo, e cada um desses teria as suas próprias leis físicas.

A Interpretação dos Muitos-Mundos

Enquanto o multiverso está mais ligado à Teoria das Bolhas (Cosmologia Inflacionária), a Interpretação dos Muitos-Mundos é associada à Mecânica Quântica. De modo bem básico, a Interpretação dos Muitos-Mundos diz que há muitos mundos que existem paralelamente ao nosso no mesmo espaço e tempo.

Mas o que a Mecânica Quântica tem a ver com essa interpretação? De acordo com a Mecânica Quântica, é impossível prevermos como uma partícula se comportará exatamente, ou qual será sua localização exata. O máximo que conseguimos calcular é a probabilidade.

Assim, sob a ótica da Mecânica Quântica, uma partícula arremessada contra a parede poderia se comportar de uma destas maneiras: rebater ou passar pela parede. Entretanto, tal como é explicado na publicação do The Conversation, não existe nenhum cálculo que “declare” que apenas uma das consequências – rebater ou atravessar a parede – deva ocorrer. É possível que ambas ocorram, mas nós, aqui, só veríamos uma das consequências possíveis. A outra consequência possível seria vista em um universo paralelo, tal como o nosso, mas com uma particularidade: se, aqui, a partícula rebateria, como uma bola de tênis, em um universo paralelo, a partícula atravessaria a parede. De forma direta, conforme resume a descrição deste artigo: “De acordo com a Interpretação dos Muitos-Mundos da Mecânica Quântica, podem existir muitas cópias nossas habitando múltiplos mundos“.

E outras Terras?

A existência de outras Terras seria mais facilmente contemplada pela Interpretação dos Muitos-Mundos. Entretanto, à luz das outras teorias, a existência de um corpo celeste com as exatas características do nosso planeta (ou seja, outra Terra) seria improvável.

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