Mercado japonês

Você conhecia a história destas marcas japonesas?

Um bom número de marcas japonesas fez e ainda faz muito sucesso no mundo, como a Nissin, a Bandai e a Nikon. Você, provavelmente, já comprou / ganhou ou conhece alguém que tenha comprado / ganhado algum produto dessas marcas (respectivamente: miojo, bonecos dos Cavaleiros do Zodíaco e câmera fotográfica). Elas são apenas uma pequenina parte do grupo de nomes com forte presença no exterior – especialmente no Brasil. Porém, mais interessante que relembrar ou saber quais são as marcas de produtos japoneses que mais causaram impacto em nosso país é, acima de tudo, conhecer um pouco da história delas.

Você conhecia a história dessas e de outras marcas japonesas famosas e não tão famosas no Brasil? Neste texto, Geração do Zodíaco apresenta uma pequena lista delas (apenas quatro marcas), com informações que mostram um pouco do passado dessas gigantes do Japão.

Yakult, o leite fermentado com lactobacilos vivos

Sim, a Yakult é japonesa, e sua história começou em 1935, graças ao cientista Dr. Minoru Shirota, que selecionou e cultivou os Lactobacillus casei, que são microrganismos capazes de fermentar e produzir o ácido lático, contribuindo para o bom funcionamento do sistema digestivo. A variedade desenvolvida pelo cientista ficou conhecida como Lactobacillus casei Shirota, a base do Yakult. Na verdade, o objetivo primordial de Shirota não era produzir uma bebida que viesse a ser um sucesso mundial. Seu primeiro propósito era trabalhar no ramo da medicina preventiva a fim de encontrar soluções de combate à disenteria e à cólera. Se vocês quiserem mais informações sobre o trabalho inicial do Dr. Minoru Shirota, que ajudaram a embasar este parágrafo, acessem este site.

Naquele ano, 1935, foi produzida a primeira garrafinha de Yakult, que era de vidro. A bebida, à base de leite fermentado, era servida pelas auxiliares de Dr. Shirota aos consumidores. Pelo serviço que faziam, essas auxiliares ficaram conhecidas como “Senhoras Yakult“.

A reputação ostentada por Yakult é, no mínimo, desconcertante. No site Ranking the Brands, a marca da bebida aparece na 32ª posição da lista das empresas alimentícias mais valiosas do mundo em 2019. Nos anos anteriores, a marca também ocupou posições de alta relevância nesses tipos de classificação global.

Bridgestone, uma gigante dos pneus automotivos

O nome pode enganar: apesar de sugerir uma origem inglesa, Bridgestone é uma marca japonesa. Fundada quatro anos antes do lançamento das primeiras garrafinhas de Yakult, ou seja, em 1931, ela tem uma história ligada ao sobrenome de seu fundador, Shojiro Ishibashi. A palavra ‘Ishibashi‘ foi traduzida para o inglês, ‘Bridgestone‘ (bashi > bridge = ponte / ishi > stone = pedra). Assim, Shojiro Ishibashi estabeleceu a Bridgestone Tire Co., Ltd, também conhecida como Bridgestone Group.

Desde seu início, a Bridgestone tem o objetivo de ser uma marca “verdadeiramente global”. Com o crescimento industrial no Japão, a empresa de pneus automotivos logo se tornou a maior fabricante deles no país, e expandiu sua atuação para outros mercados asiáticos. Em 1988, após comprar a The Firestone Tire & Rubber Company, empresa fundada nos Estados Unidos em 1900, e que também se dedicava à fabricação de pneus, a Bridgestone se tornou a principal referência global nesse setor, se destacando por seu exigente compromisso com a qualidade e a alta tecnologia.

Atualmente (mês de maio de 2020), a Bridgestone está na segunda posição do ranking das marcas de fabricação de pneus automobilísticos mais valiosas do planeta. A primeira posição é da Michelin. Nessa classificação, estão outras duas empresas japonesas, a Yokohama e a Sumitomo Rubber Industries.

Capcom e o mundo dos jogos eletrônicos

Se você já jogou (ou ainda joga) Mega Man, Street Fighter e Resident Evil, agradeça à Capcom, empresa sediada em Osaka, e célebre desenvolvedora e distribuidora de jogos eletrônicos.

O termo Capcom é composto por partes das palavras Capsule (cápsula) e Computer (computador). Ou seja, uma referência às máquinas de arcade, os primeiros produtos da empresa japonesa. Pequenas máquinas destinadas, exclusivamente, ao armazenamento de jogos.

1979 ou 1983?

À diferença da Bridgestone e da Yakult, o início da Capcom está associado a dois anos. Em 2008, o diretor-executivo da empresa, Kenzo Tsujimoto, publicou uma carta que parabenizava a Capcom pelos seus 25 anos. A informação gerou dúvidas, já que, até 2008, o site da Capcom estabelecia o ano de 1979 como o da fundação.

Em nota publicada ainda em 2008, o portal de entretenimento IGN informou que, após a publicação da carta de aniversário, entrou em contato com o representante da Capcom nos Estados Unidos, Chris Kramer. Ele esclareceu que, na verdade, havia dois aniversários. O de 1979 marca o estabelecimento da I.R.M. Corporation, predecessora da Capcom. A I.R.M Corporation tinha por objetivo “desenvolver e vender máquinas elétricas de jogos”. Dois anos depois, em 1981, a I.R.M Corporation estabeleceu uma subsidiária, a Japan Capsule Computer.

Em 1983, a Japan Capsule Computer foi formalizada, e passou a ser conhecida como Capcom, cujo objetivo era “vender software” (de jogos, subentende-se). De fato, os primeiros 25 anos da Capcom foram de bastante sucesso. Ainda de acordo com a notícia publicada por IGN, 46 jogos da Capcom haviam tido, cada um deles, mais de um milhão de vendas. Um dos maiores sucessos foi Street Fighter II, em 1992, com 6,3 milhões de cópias vendidas para o Super Nintendo.

Uniqlo, presente no vestuário de grandes esportistas

O que Roger Federer e Kei Nishikori têm em comum? Certo, eles são tenistas. Além disso, tanto o suíço quanto o japonês vestem Uniqlo. Essa empresa é mais uma das fundadas no Japão, e que possuem grande reputação global.

As raízes de Uniqlo estão na cidade de Yamaguchi. Começou como uma simples fabricante de têxteis, em 1949, e abriu sua primeira loja em 1984 (atualmente, a empresa conta com mais de 2400 lojas espalhadas pelo mundo).

O vestuário comercializado pela Uniqlo inclui peças simples, mas desenvolvidas com qualidade, desenho atraente e tecnologia de ponta. Únicas, como representado no nome original da marca, Unique Clothing Warehouse, em 1984, que passou a estar registrada como Uni-Clo. Como vocês poderão ver melhor neste texto da The Culture Trip, a mudança no nome para Uniqlo aconteceu em 1988, de maneira desproposital: a equipe responsável pelo registro da marca trocou o C pelo Q (não ficou claro, porém, o contexto em que o erro foi cometido).

A expansão global da Uniqlo, porém, só viria a acontecer na primeira década dos anos 2000, com uma loja em Londres e outras filiais em Hong Kong, Estados Unidos e Coreia do Sul. As mais de 2400 lojas da marca estão presentes em 20 países, além do Japão (em 20 de maio de 2020). Até o momento, a marca japonesa que veste o lendário Federer e outros esportistas renomados não está presente em nenhum território da América do Sul.

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